quarta-feira, 10 de maio de 2017

Assisti, sim! #1: Nerve (2016)


(Não contém spoilers - provavelmente)

Oi, meu povo! Tudo bom? Espero que sim. Comigo, tudo ótimo. Estamos aqui, em maio, quase metade do ano e esse é o primeiro post que eu faço no blog, desde as metas de ano novo. Ainda bem que eu deixei claro o quanto eu sou péssimo para seguir planejamentos. A faculdade tem me tomado algum tempo - não que isso sirva de desculpa pro meu abandono com o blogzinho. Aqui é um espaço de expressão livre e serve como terapia e pretendo (de novo) ser mais ativo.

Queridos, como primeiro post do ano (que vergonha - 10 de maio, hoje) resolvi escrever sobre um filme que eu gostei muito: Nerve. Apesar não de ter sido bem rankeado em sites como o IMDB, obtendo apenas 6,6 de 10, Nerve foi um filme que me chamou muita atenção e, com certeza, é um dos meus favoritos de 2016.

Sinopse:

A história se desenvolve em torno de Vênus (interpretada por Emma Roberts), uma garota nova iorquina prestes a se formar no Ensino Médio e que nunca fez nada de muito interessante (seria eu?). Não que ela se incomodasse com isso - entretanto, seus amigos começam a expor essa realidade a ela e, com a nova edição de Nerve, ela resolve se desafiar.

Nerve é definido como um jogo de verdade ou desafio, mas sem a parte da verdade. A cada ano uma edição é lançada em alguma cidade do mundo e, dessa vez, ela se desenrola em Nova Iorque. Os participantes tem duas opções: se declararem enquanto jogadores ou expectadores. Os jogadores se registram e se dispõem a cumprir desafios em troca de dinheiro. Esses desafios, por sua vez, são definidos e financiados pelos expectadores, que esperam, acima de tudo, um bom e velho entretenimento. Vee (como Vênus é apelidada no filme), resolve se cadastrar no Nerve, enquanto uma jogadora para provar a seus amigos que pode se superar.

Enquanto busca cumprir o seu primeiro desafio, Vee conhece Ian (Dave Franco), um competidor misterioso, e juntos eles caem nas graças dos expectadores. Entretanto, na medida em que os desafios vão sendo cumpridos, sua intensidade começa a aumentar e os protagonista acabam sendo encurralados.



Minha Crítica:
Nerve superou minhas expectativas (que estavam muito baixas, eu confesso) em um nível estratosférico. O filme começa bastante desacelerado e me fez acreditar que seria apenas mais um membro da diáspora de Meninas Malvadas (2004), na qual a protagonista busca superar sua amiga/rival e acaba se perdendo no processo. Contudo, a maneira como a trama é construída e as interações entre as personagens se desenrolam, mostram que o conflito do filme se aproxima bem mais do mundo real, do que em Mean Girls.

Um aspecto interessantíssimo levantado pelo filme, tange o caráter egoísta da natureza humana, que ignora toda a noção de moral quando seus interesses (como o entretenimento) são afetados. É a perpetuação do que Hobbes disse: "o homem é o lobo do próprio homem". Além disso, a performance dos protagonistas, Emma Roberts e Dave Franco, foi surpreendente (especialmente a do segundo). Por experiências passadas que tive assistindo esses atores, não esperava que seu desempenho fosse tão alto ao interpretar papéis tão dramáticos, quanto os sugeridos pelo filme. A trilha sonora provavelmente foi um dos maiores acertos e me fez querer escutar cada música de novo.

Por fim, super-recomendo o filme, que além de divertidíssimo, traz reflexões semelhantes a de obras como Jogos Vorazes e Black Mirror e, apesar de não se tratar de uma obra-prima do cinema, eu atribuo 7,5 estrelas de 10.


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